Ir para o conteúdo

Discurso de Abertura do Seminário Nacional de Lançamento do Plano de Fiscalização da Educação: Educação é da nossa conta, proferido em 21/08/2017 pela Presidente Comissão responsável por realizar estudos para o desenvolvimento da sistemática de monitoramento do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação, Conselheira Carolina Costa


EDUCAÇÃO É DA NOSSA CONTA

Bom dia a todos. Adiro às saudações à eminente Mesa agora a pouco formuladas pelo Conselheiro Francisco Neto. É uma honra tê-los na abertura no nosso Seminário. Estar aqui e ter a oportunidade de aprender e dialogar sobre o tema Educação me causa imensa satisfação e alegria.

Agradeço à presença dos participantes, em especial, os estudantes e professores. Vocês são os principais componentes do processo educativo. Por esse motivo, devemos, poder público e sociedade, cercá-los de maior atenção e cuidados possíveis.

Aproveitando o momento, peço licença, para agradecer a colaboração de todos os servidores e membros do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios, que, em pioneira atuação conjunta, possibilitaram a construção coletiva do projeto Educação é da nossa conta, bem como, desde já, apresento os meus penhorados agradecimentos aos palestrantes que nos brindarão com o generoso compartilhamento dos seus conhecimentos.

A grande procura ao evento, cujas inscrições segmentadas encerraram-se há 10 dias, demonstra a importância do tema. Nesse sentido, endosso as palavras de Fernando Savater quando afirma que: “Para o ser humano não basta nascer, é necessário também aprender, na medida em que a genética nos predispõe para sermos humanos, mas só por meio da educação e da convivência social conseguiremos, efetivamente, sê-lo”;

Nós idealizamos o presente evento em três painéis, trazendo diferentes visões sobre política educacional a partir do locus em que sua fiscalização é desempenhada. Penso, desde logo, que, entre as diversas instâncias, existe um ponto incontroverso: necessitamos de educação básica, pública e de efetiva qualidade.

Para tanto, não podemos prescindir de um regime de colaboração realístico entre as entidades federativas. Ações e custos devem ser repartidos na proporção dos recursos arrecadados e dos conhecimentos técnicos que detêm. Da mesma forma, urge a atualização do valor mínimo por aluno, bem como a implementação do Custo Aluno Qualidade Inicial e a instituição do Sistema Nacional de Ensino.

Além disso, precisamos abraçar os planos educacionais como instrumentos de superação de desigualdade. Sua forma de concepção ratifica o entendimento que as ações para a educação não devem ser restritas a um só tempo ou a um só governo. Exigem planejamento sistêmico e prioridade orçamentária.

Portanto, Senhoras e Senhores, o projeto Educação é da nossa conta foi embasado a partir dessas percepções. Seu objetivo é reorientar a atividade de controle, promovendo o alargamento dos padrões tradicionais de fiscalização, focados em parâmetros de legalidade, para contemplar também critérios de legitimidade, tal como determina a Constituição Federal. Os Tribunais de Contas exercerão controle da qualidade do gasto público educacional. Acompanharão o resultado da política pública com a finalidade de assegurar a rota de progressividade de sua realização.

Durante o primeiro ciclo do Projeto, a atuação será norteada pela função pedagógica, de cunho preventivo. Funcionarão como órgãos indutores da boa gestão, favorecendo a promoção de ações planejadas com vistas à implementação dos planos e o cumprimento das suas metas e estratégias. Além disso, também, fomentarão o Controle Social, divulgando informações em linguagem acessível, proferindo cursos e palestras para o público geral.

A nova atuação dos Tribunais de Contas encontra-se respaldada na Resolução Atricon nº 03/2015, a qual traz diretrizes para a fiscalização dos planos educacionais, estabelecendo como atividade prioritária o controle externo da aplicação de recursos públicos destinados à educação.

É imperioso compreender que, para o estudante, não basta apenas a existência de uma vaga no sistema de ensino. Faz-se imprescindível a oportunidade de concluir satisfatoriamente os seus estudos e que os conhecimentos adquiridos o habilitem para a defesa de direitos, o exercício da cidadania, o ingresso no mercado de trabalho, a proteção ao meio ambiente, o desenvolvimento e fortalecimento da economia. Enfim, que o possibilite a decidir autonomamente sobre a própria vida. E isso, Senhoras e Senhores, somente a educação de qualidade pode fazer.

Termino, agradecendo a atenção e convidando todos a participarem do projeto Educação é da nossa conta.

Realização

Marca TCE Bahia
Marca TCM Bahia

Apoio

Marca campanha nacional pelo direito à educação
Marca MPC SP
Marca todos pela educação
Marca ATRICON
Marca IRB
Marca TCE RS
Marca União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação
Marca da Policia Militar da Bahia
Marca da Assembléia Legislativa da Bahia
Marca da Escola Pingo de Gente
Marca da Vitalmed
Marca da Secretaria de Sobral