O que o Reino Unido vem fazendo para promover a igualdade social e no combate a discriminação racial foi mostrado, ontem, pelas inglesas Sara Spencer, presidente adjunta da Comissão para Igualdade Racial do Reino Unido e pela diretora da Área de Diversidade na Comissão de Auditoria, Loraine Martins, que realizaram palestras sobre o tema para conselheiros, representantes de órgãos da administração pública estadual, universidades, das polícias civil e militar e técnicos de controle externo presentes no salão plenário do Tribunal de Contas do Estado.
O evento foi aberto pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, Manoel Castro, que ressaltou experiência positiva do projeto CERDS, que é um programa de aperfeiçoamento para a área do controle externo, com foco da redução da desigualdade social, que vem sendo desenvolvido por meio de acordo entre o Governo Federal, através do Tribunal de Contas da União, e o Departament for International Development ( DFID) do Reino Unido, do qual participam os Tribunais de Contas dos Estados da Bahia e de Pernambuco.
As palestrantes falaram sobre a nova maneira que a Inglaterra vem enfrentando o problema da desigualdade com relação as minorias, que representam 8%, numa população de 52 milhões de habitantes, sendo desse percentual 45% asiáticos, 12% caribenhos, 10% africanos, 5% chineses e 14% mistos. As conferencitas inglesas ressaltaram que a partir do assassinato, por motivo racial, do estudante de direito Stephen Lawrence, em 1990, que teve grande repercussão mundial, foi estabelecida nova legislação para conter ações de discriminação na Inglaterra, inclusive com a formação de Comissões para Igualdade Racial ( CRE), formada por cidadãos independentes, autorizados a fiscalizarem os setores público e privado no que diz respeito a conduta referente às minorias, inclusive com relação u aos investimentos sociais.
Nessa linha de ação pública, atuam também as Audit Comission, ou agências públicas que têm a responsabilidade de fiscalizar e assegurar que os recursos governamentais sejam gastos com economia, eficiência e eficácia em diversos setores, sendo observados também se estes investimentos são realizados de forma adequada, contemplando-se igualmente e de forma justa todos os segmentos sociais.