2017 09 palestraGestaoConhecimento Beatriz

A gestão do conhecimento, em qualquer instituição, está intimamente relacionada a uma vontade coletiva de compartilhar os saberes, construindo uma cultura de transparência e de disseminação de conteúdos em prol do aperfeiçoamento dos processos de trabalho. O tema foi abordado, na tarde de quinta-feira (21.09), pela servidora do Tribunal de Contas da União (TCU) Beatriz Pinheiro de Melo Gomes, que proferiu a palestra “Gestão do Conhecimento”.

A palestrante foi apresentada pela diretora da Escola de Contas Conselheiro José Borba Pedreira (ECPL), Denilze Alencar Sacramento, que destacou a relevância do conteúdo abordado para o aperfeiçoamento dos planejamentos estratégicos da Corte de Contas. “A gestão do conhecimento é um objetivo estratégico de grande importância para o Tribunal de Contas do Estado. E dentro desse universo, vamos aproveitar o vasto currículo de Beatriz e a sua experiência no TCU para melhorarmos os processos de gestão do conhecimento no TCE”, disse Denilze Sacramento.

Fazendo um breve retrospecto histórico, Beatriz Gomes discorreu sobre a evolução conceitual da gestão do conhecimento, cuja gênese, em 1945, remete aos postulados do economista e filósofo austríaco Friedrich August von Hayek. De lá para cá, o conceito se expandiu no mundo corporativo até que, em 1995, o pesquisador australiano Karl Erik Sveiby transformou o conceito de gestão da informação em gestão do conhecimento.

Ao citar o modelo adotado pelo TCU na gestão do conhecimento, a palestrante deu ênfase às ferramentas tecnológicas para a disseminação de informações, a exemplo das comunidades de práticas, biblioteca digital e Tesauro. Sobre este último, explicou tratar-se de um vocabulário controlado, organizado em uma ordem preestabelecida e estruturado de modo que os relacionamentos de equivalência e associação entre termos sejam indicados claramente e identificados por indicadores de relacionamento padronizados.

A servidora do TCU explicou como essas ferramentas atendem à disseminação do conhecimento produzido naquela instituição. Em sua avaliação, é fundamental saber cuidar das informações e encontrá-las com precisão e clareza a fim de que o conhecimento não se perca e nem seja necessário “reinventar a roda”, gerando retrabalho. Beatriz Gomes encerrou a palestra com a seguinte mensagem:

“As iniciativas de gestão do conhecimento só darão certo se houver os bons olhos da organização, transparência e colaboração. O processo de estímulo que vai da explicitação à retenção do conhecimento não é difícil, mas é trabalhoso e deve ser construído dia a dia. É preciso formar cultura. E cultura leva tempo até ser internalizada”.