sem título 4“Mineração de Dados” (Data Mining) é o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes, como regras de associação ou sequências temporais, buscando detectar relacionamentos entre variáveis. Com a intenção de promover uma reflexão sobre o uso sistemático dessas bases de dados pelos órgãos de controle, o doutor em Bioinformática e mestre em Banco de dados pela USP, Luciano Vieira de Araújo, ministrou palestra, durante 5ª edição do programa Jornadas Técnicas, na tarde desta quarta-feira (07.11), sobre o tema "Mineração de Dados".

O evento, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), por intermédio da Escola de Contas Conselheiro José Borba Pedreira Lapa (ECPL), faz parte do ciclo de palestras do projeto “Jornadas Técnicas” e visa ao aperfeiçoamento do corpo técnico dos órgãos de controle externo, além de promover o intercâmbio de conhecimentos.

Ao introduzir o tema, o professor livre-docente da USP explicou o significado do termo Big Data, que é uma grande quantidade de dados gerada a cada segundo. Luciano Vieira alerta que a manipulação e gestão desses dados apresentam desafios logísticos significativos.

Em sua explanação, o professor lançou a base conceitual de que dados são elementos brutos, sem significado. Já a informação é o dado com significado. E, por sua vez, a informação processada pelo indivíduo é a que gera conhecimento. O último estágio é a sabedoria, que é a capacidade de avaliar o conhecimento.

sem título 5Luciano Vieira ressaltou que os desafios para grandes volumes de informações é encontrar as relações entre dados e entendê-las, o que permite vislumbrar possibilidades de encontrar novos conhecimentos. Para ele, a mineração de dados tem se tornado uma área estratégica para a sociedade devido à possibilidade de geração de novos conhecimentos e pelo seu potencial de impacto em áreas, como a saúde, educação, combate à fraude, gestão/governo, avaliação de risco e otimização de processos.

“De modo geral, o tema é muito relevante por apresentar técnicas de abordagem para tratar de um volume presente em todos os Tribunais, como nos lançamentos, nas contas e contratos. Com a finalidade de buscar padrões que possam auxiliar na gestão pública, como na prevenção de risco, fraude, a própria faixa de formação, novas leis e processos. E com o uso de metodologias que permitam uma evolução no tempo nessas séries de atos de controle, reutilizando e refinando o conhecimento adquirido em atos anteriores, o que pode levar a ações muito mais eficazes”, concluiu Luciano Viera.