IMG 8877Uma ferramenta para estimular o controle social, incutindo no público jovem o senso de urgência e a responsabilidade com o uso dos recursos públicos. Com esse propósito, estudantes do Colégio Estadual Sátiro Dias, no bairro da Pituba, em Salvador, jogaram, nesta quarta-feira (21.08), o jogo de tabuleiro "Você Gestor", que traz diversos conhecimentos sobre o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), informando estudantes e professores sobre a missão institucional do TCE/BA, além de incentivá-los a exercer o controle social.

Liderança, iniciativa, agilidade, versatilidade, maturidade, pensamento estratégico. São muitas as qualidades que se esperam de um gestor. Num clima de descontração, os estudantes vivenciaram na prática o que é gerir uma pasta, tendo contato com os gargalos que se impõem à administração pública, mas também com soluções inovadoras que buscam ofertar serviços e obras de qualidade aos cidadãos.

Ao vencer a partida depois de completar uma missão na área de infraestrutura, o estudante do 9º ano A, Alan Ferreira da Cruz, revelou que a experiência permitiu que ele e seus colegas megulhassem em pautas de interesse público, como educação, saúde, infraestrutura e segurança. "Enquanto assimilava conhecimentos sobre a história do TCE/BA e do TCU, pude incorporar o papel de um gestor público e suas responsabilidades. Me diverti muito com essa prática, mas também aprendi com as perguntas e respostas do quiz "Diga Aí?".

A ação de cunho educativo contou ainda com a apresentação institucional do TCE/BA feita pela professora Cristiane Vasconcelos, que, num bate-papo descontraído com os alunos, convidou os estudantes a uma reflexão a partir do livro "Mamíferos", de Gusthavo Sezerban e Rafael Sezerban. Ao abrir a obra, os estudantes se depararam com a escrita em braille. "Vocês estão tendo a oportunidade de ter um espaço para o debate, para a criatividade, para colocar suas ideias e receber informações sobre uma instituição secular. Precisamos assumir o que não podemos fazer, e buscar nos capacitarmos para o que se apresenta como novo", ressaltou.

De acordo com a coordenadora pedagógica, Cristina Rebouças, o jogo evidencia a realidade enfrentada pelos gestores, além de mostrar os vários detalhes que acontecem na administração pública. "Estudantes e professoras passaram a ter noção dos processos para aquisição dos bens e prestação de serviços e a necessidade de cada um ser um agente fiscalizador. A partir de agora, eles terão uma voz com mais propriedade e serão multiplicadores".

Já o estudante Anderson Medeiros Curvelo, do 9º ano C, considerou a experiência interessante por suscitar temas que não são desenvolvidos em sala de aula. E sugeriu: "Na minha opinião, deveríamos ter uma disciplina sobre Direito Constitucional, buscando formar uma geração de pessoas conscientes do funcionamento da máquina pública".