Vocês sabem o que significa auditoria? Com esse questionamento, o ouvidor do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA), Paulo Figueiredo, deu início à apresentação do Projeto Ouvidoria vai à Escola, nesta terça-feira (26.07), para um público formado por professores, gestores e estudantes do ensino médio do Colégio Estadual de Brumado (CEB), Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) e do Colégio Getúlio Vargas. Figueiredo deu um exemplo prático do papel do Tribunal, como acompanhar suas ações e como cobrar uma atuação eficiente da Corte de Contas.
“Imagine que Ieda disponibilizou um valor de R$ 200 para Daniele comprar 20 livros para a biblioteca da escola. Daniele comprou apenas 10, mas trouxe uma nota com o valor total do recurso disponibilizado. É aí que o auditor entra. O técnico chega na unidade escolar e quer verificar se o recurso foi empregado de forma correta. A partir de uma pesquisa de mercado, ele identifica que a quantidade de livros não corresponde com a realidade do mercado. E chega à conclusão que o material foi superfaturado. Esse é o nosso trabalho. Chamamos esse questionamento de auditoria”, explicou.
Durante a explanação, o ouvidor levou ao conhecimento da comunidade estudantil a sua missão institucional, além de apresentar produtos de comunicação como a “Versão Cidadã do Relatório e Parecer Prévio do TCE/BA sobre as Contas do Chefe do Poder Executivo da Bahia Relativas ao Exercício de 2014”, o vídeo institucional “O TCE mais perto de você”, a cartilha “Heróis da Cidadania conhecem o TCE/BA” e a revista em quadrinhos “Você no Controle”.
O ouvidor propôs que o material seja utilizado como temas transversais em aulas e trabalhos para os estudantes, o que contribui para formar cidadãos conscientes, aptos a exercer o controle social.
“O conhecimento é a chave para uma visão crítica da sociedade. E qualquer um de vocês pode chegar um dia a ocupar um posto de comando na sociedade. Mas para isso é preciso levar a sério a educação e cobrar que o estado faça a sua parte, oferecendo boas instalações e condições de estudo. Este é o momento de se organizar”, destacou o ouvidor.
DEPOIMENTOS
“Tivemos a participação maciça de líderes e vice-líderes das três unidades escolares. Com certeza eles saem daqui mais atentos e conscientes do seu papel na sociedade. O trabalho é extremamente relevante para o corpo docente e discente, além de esclarecer como acessar o Tribunal por meio de seus canais de comunicação. Saímos daqui com uma visão ampla sobre como exercer o controle social e da importância de cuidarmos do que é nosso por direito”.
Cristiane Vieira Costa Abreu – coordenadora pedagógica do CEB
“Achei muito relevante a proposta do TCE de sair da sua zona de conforto, aproximando o cidadão da Casa de Controle com um trabalho de formação cidadã. É uma parcela de contribuição significativa que só tem a somar. A gente não sabe o poder que tem enquanto indivíduo e muitas vezes ficamos de mãos atadas por desconhecimento. É uma satisfação ouvir do aluno que o tema exige um tempo maior de apresentação”.
Davy Anderson Leite – vice-diretor do CEEP
“Aprendi que o Tribunal de Contas do Estado tem a função de fiscalizar os gastos públicos estaduais. E agora eu sei como fazer para que minha denúncia chegue a quem cabe averiguar qualquer desvio de recurso ou mau uso do nosso dinheiro. E o meu celular pode ser uma ferramenta para registrar e documentar o que considero relevante na minha cidade”.
Sarah Aguiar Andrade – estudante do 1º ano do ensino médio
“Apesar de ter algum tipo de informação sobre o TCE/BA, reconheço que a maioria da população desconhece o trabalho desenvolvido pela instituição. Hoje em dia é tudo mais acessível. Temos o 0800 284 3115, o portal www.tce.ba.gov.br e o WhatsApp 71 99902-0166. A nossa juventude está muito mais participativa e tenho certeza que daqui sairão muitos auditores sociais”.
Diego Antônio Vieira dos Santos – estudante do 3º ano do ensino médio
