PalestranteA mulher submissa tratada como objeto, o "sexo frágil", está cada vez mais deixando de existir. Vem derrubando tabus, revolucionando tradições, marcando presença em lugares antes restritos aos homens. Com essa mensagem, o antropólogo Carlos Linhares deu início à palestra “Desafios, lutas e conquistas femininas na sociedade brasileira”, durante o Café com Prosa em homenagem ao Dia das Mães, organizado pela Asteb em parceria com a Escola de Contas José Borba Pedreira Lapa (ECPL), na manhã desta sexta-feira (12.05).

PresidenteO presidente do TCE/BA, conselheiro Inaldo da Paixão Santos Araújo, abriu o evento dando boas-vindas ao palestrante, parabenizou todas as mães e destacou que a homenagem teve comemoração em dose dupla: Dia das Mães e o aniversário da diretora da ECPL, Denilze Sacramento. Inaldo também chamou atenção para a importância de eventos de integração e informação. “A gente precisa valorizar mais estes momentos de confraternização, porque é a oportunidade de todos se encontrarem, se olharem nos olhos e, assim, fazer valer a instituição em que a gente trabalha”, afirmou.

Com um olhar antropológico, o palestrante discorreu sobre a relação entre o machismo e o surgimento da luta feminista. Ele esclareceu que o preconceito é quando você acredita que é da natureza o que é apenas da cultura, e se é da cultura ela pode ser desconstruída. “Os preconceitos não andam sozinhos, se unem e têm uma origem, que é o preconceito contra mulher. Que é o maior e a base de todos os preconceitos. E o feminismo, que brota no século XIX, se torna uma locomotiva dessa luta contra a desigualdade”.

Durante sua explanação, o professor trouxe algumas estatísticas a fim de acabar com alguns preconceitos contra mulher, onde dados comprovam que, em acidentes fatais de carro, apenas uma mulher é responsável pelo acidente a cada 10 homens. Outro exemplo foi de que 94% dos presidiários são homens e apenas 6% são mulheres. “As seguradoras de carros baseiam-se em dados reais para baratear o seguro para mulher, desconstruindo o mito de mulher barbeira. As pesquisas apontam que as mulheres são mais cautelosas. E tem um zelo maior pela vida”.

Para o palestrante Carlos Linhares, a mulher vive em uma luta diária. “Estou aqui, um antropólogo, pra dizer que admiro a luta das feministas e que esse papo de feminismo às vezes é criticado porque muitas pessoas não entendem, mas há muita emoção e força na jogada. Conquistar a igualdade e a justiça são alguns dos objetivos que as mulheres estão lutando para alcançar. A luta começou há muito tempo e continua, sem prazo para acabar”, afirmou.

O encontro, alegrado pelas vozes do Coral TCE/TCM, foi marcado por momentos de emoção, integração e amizade entre as mães servidoras homenageadas. Além de rever colegas e desfrutar do momento, as homenageadas puderam celebrar a data com um delicioso café da manhã oferecido pelo Asteb. Ao final da palestra, as mães foram presenteadas com uma drenagem linfática ou pilem, além de participarem de um sorteio com diversos presentes.

DEPOIMENTOS
“Ser mãe é tudo! Mãe é amor, é fibra, coragem, alegria, sustentação. Ser mãe é viver em um paraíso eterno”!
Nilza Florença de Souza Ribeiro, aposentada do TCM e componente do Coral Vozes TCE/TCM

“Ser mãe é uma realização de um sonho. É uma emoção diária que me permite ser uma mãe mais carinhosa, mais dedicada e assim uma pessoa melhor! É muito amor envolvido”
Elvira Rita Brandão Gonzalez, agente de controle externo da Gerência 3D

“A maternidade me remete ao amor, ao acolhimento, a tolerância, a paciência, mas acima de tudo ao carinho e a dedicação. Eu acho que uma mãe, por qualquer que seja a dificuldade que ela passe com o filho, a dedicação e o amor incondicional supera tudo. Só que esse amor incondicional deve ser trabalhado, com certas condições para conseguir se manter o limite. Limite é amor. Não podemos perder a capacidade de dar limites para nossos filhos, tendo em vista que limite não é punição, mas sim amor”
Denilze Alencar Sacramento, diretora da ECPL

“Tornei-me mãe depois que entrei aqui no TCE. Posso afirmar que é algo maravilhoso, indescritível e a única forma que posso tentar traduzir este sentimento é dizer que ser mãe é um verbo no gerúndio. Aprendemos a ser mãe todos os dias sofrendo, se alegrando, se emocionando, amando, e assim vamos aprendendo um pouco a cada dia, levando este sentimento para o resto da vida. Ser mãe me fez e me faz ser um ser humano melhor”
Morgana Bellazzi de Oliveira, assessora do Ministério Público Especial

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