É no ambiente escolar que os alunos aprendem não apenas o conteúdo das disciplinas, mas também noções de cidadania e respeito ao próximo. Mais uma vez, a Ouvidoria vai à Escola promoveu, nesta quarta-feira (01.06), uma mudança de comportamento nos alunos do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, localizado no município de Guanambi. O estudante Carlos Daniel, de 16 anos, do 3º matutino, descobriu que ele não é uma voz dissonante na comunidade escolar e que pode mobilizar mais pessoas interessadas em lutar pelos seus direitos.
“Vivemos um momento crítico, mas precisamos refletir sobre o nosso papel na sociedade. A corrupção não está apenas nos grandes desvios ou no mau uso do dinheiro público, mas em pequenos atos do nosso dia a dia. Colar na prova, furar fila, falsificar o boletim. É algo endêmico e que atinge diferentes camadas sociais. Portanto, precisamos rever nossas ações e cobrar dos nossos gestores públicos uma postura condizente com o cargo que eles ocupam”, disse o estudante.
O ouvidor Paulo Figueiredo mostrou como os estudantes podem ter acesso à Ouvidoria do TCE/BA, ressaltando a importância desses canais de comunicação com a sociedade. Ele levou ao conhecimento da comunidade estudantil a sua missão institucional, além de apresentar produtos de comunicação como a “Versão Cidadã do Relatório e Parecer Prévio do TCE/BA sobre as Contas do Chefe do Poder Executivo da Bahia Relativas ao Exercício de 2014”, o vídeo institucional “O TCE mais perto de você”, a cartilha “Heróis da Cidadania conhecem o TCE/BA” e a revista em quadrinhos “Você no Controle”.
“O trabalho do TCE/BA é zelar pelo bom uso do dinheiro público, ou seja, do meu dinheiro, do seu dinheiro, do da professora. Os maiores interessados somos nós. Por isso devemos estar conscientes do papel do Tribunal”, afirmou Paulo.
Idealizado pela Secretaria da Educação do Estado, o Ouvidoria vai à Escola tem como objetivo incentivar a comunidade estudantil e toda a sociedade a participar do cotidiano da escola pública, fazendo sugestões, elogios e críticas na própria unidade visitada pelo projeto. Neste contexto, o TCE/BA aproveita a parceria com a SEC para divulgar o seu papel pedagógico e educacional em defesa da fiscalização e da boa aplicação dos recursos públicos.
Paulo Figueiredo convidou líderes e vice-líderes para se tornarem auditores sociais da sua cidade ou comunidade. “É preciso levar a sério a educação, os estudos, e cobrar que o estado faça a sua parte, oferecendo boas instalações e condições de estudo. Este é o momento de se organizar e cobrar. E o Tribunal também está aqui fazendo a sua parte e convidando vocês a conhecer melhor a instituição e a exercer o controle social", reforçou o ouvidor.
DEPOIMENTOS
“A visita da Ouvidoria foi muito positiva. A explanação teve um caráter pedagógico e se tornou palatável para os estudantes. É uma ação democrática e que aproxima ainda mais o cidadão da instituição, permitindo que os alunos registrem suas denúncias, queixas, sugestões e elogios. As informações são muito valiosas. A maioria do público desconhecia até mesmo a existência do Tribunal. É uma forma efetiva de fornecer ferramentas para que o cidadão exerça sua cidadania e cobre dos seus gestores a execução de políticas públicas.
José Aparecido Santos – coordenador pedagógico
“Aprendi que o TCE/BA é um órgão independente. Nós pagamos nossos impostos e precisamos ter o retorno disso em obras públicas e serviços de qualidade. Convivemos com a falta de professores, atraso nos pagamentos dos funcionários. Não tinha esse conhecimento, mas saio daqui com a cabeça aberta e pronta para apontar qualquer irregularidade”
Louhany Andrade – 2º ano do ensino médio
“É mais fácil procurar lutar pelos nossos direitos. Buscamos o Ministerio Público para manifestar o nosso descontentamento com o descaso com os professores terceirizados. Agora sabemos a quem reclamar. Vamos procurar a Ouvidoria do TCE/BA. Saio com outro olhar. Eu posso e eu devo cobrar uma melhor educação”
Luiza Beatriz Boa Sorte Alves – 2º ano do ensino médio
“Vamos correr atrás agora. Vamos fiscalizar os recursos públicos na nossa cidade. Temos uma obra da ferrovia que começou e não avançou. Por isso, seremos mais vigilantes”
Kauanne Borges Martins – 2º ano do ensino médio
“O que mais me chamou atenção foi o desvio dos recursos públicos e como podemos reverter essa situação. Saio daqui como um agente multiplicador desse conteúdo. Serei mais atuante. Precisamos correr atrás dos nosso direitos”
Emílio Miguel - 2º ano do ensino médio
“Qualquer cidadão tem o direito de saber como os recursos públicos estão sendo utilizados e qualquer pessoa tem o dever de cobrar que esse dinheiro seja bem aplicado. Anotei o WhatsApp e vou fotografar e acompanhar de perto nossas obras”
Kaique de oliveira meira – 2º ano do ensino médio