Após dois dias marcados por grandes temas e reflexões envolvendo a educação pública, o 3º Encontro Nacional Educação é da Nossa Conta foi encerrado nesta quarta-feira (11.03), no auditório da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. O presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), Gildásio Penedo Filho, foi convidado a fazer o pronunciamento final, mas preferiu ceder a palavra à conselheira Carolina Costa, coordenadora do projeto Educação é da Nossa Conta.
A conselheira agradeceu a presença dos participantes e de todos os servidores do TCE/BA e do TCM/BA envolvidos na organização do evento, dirigindo a seguinte mensagem ao público: “Agradeço a presença de todos vocês. Aqueles que nos assistem aqui e também no Youtube, na TV Alba e nos pontos de retransmissão do Instituto Anísio Teixeira. Tivemos conclusões relevantes neste Seminário. A principal delas é a importância de focarmos o nosso olhar não apenas nas consequências da falta de êxito da política pública educacional. Precisamos, neste momento da história, amadurecermos o nosso olhar e focarmos, principalmente, nas causas dessa falta de sucesso. Só assim poderemos superar esses problemas e alcançar uma educação pública e de qualidade, que permita a realização do indivíduo, seja uma criança, jovem ou adulto. O nosso maior capital de investimento é o ser de 0 a 3 anos. Este é o maior investimento que o estado pode fazer para a sociedade. Agradeço de coração toda a equipe envolvida na organização do evento”, disse a coordenadora do Educação é da Nossa Conta.
Confira aqui as fotos do evento no Flickr.
UMA VIAGEM NA LEITURA
O Bando de Teatro Olodum emocionou os participantes do 3º Encontro Nacional Educação é da Nossa Conta ao trazer uma mensagem de fé no futuro durante o encerramento do evento. Os atores que encenaram o Sarauzinho da Calu mergulharam num universo onírico, mostrando que o sonho é o elemento vital para realizarmos as nossas aspirações. A história não poderia ser mais original. Na fantástica Ilha da Boca do Rio, Calu, uma menininha cheia de histórias, reinventa o mundo com o seu bloquinho de anotações, no qual desenha os seus sonhos coloridos. De página em página, ela escreve, registra e reafirma a história de sua cultura, na sua cidade negra.
De canto em canto, de dança em dança, os amigos da turma de Calu professam o orgulho da sua negritude: “A minha beleza vem de um lugar cheio de histórias e saberes”, diz uma das meninas. À medida que as lembranças vêm chegando, o bloquinho de Calu vai se enchendo de traços da história da sua cultura. O espetáculo chega ao clímax com uma reafirmação de figuras exponenciais da cultura negra: Mãe Menininha do Gantois, Mãe Senhora, Makota Valdina, Martin Luther King e tantos outros representantes da diáspora africana. A mensagem é clara e nos leva a entender que somente o conhecimento, a educação, vencerá o preconceito entre os grupos humanos. A frase final é um sopro de vida: “O poder da cor da noite é misterioso e deslumbrante!”