índice“A trajetória de vida pode garantir o sucesso de qualquer indivíduo. Mirem-se nos bons exemplos. Acreditem em vocês, na sua fé, em seus pais, em seus professores e nos seus livros, mas aprendam também a questionar. A educação é a única chave para abrirmos os nossos horizontes”. O exemplo foi dado pelo diretor da Escola de Contas Conselheiro José Borba Pedreira Lapa (ECPL), conselheiro Inaldo da Paixão Santos Araújo, ao proferir uma mensagem de motivação, nesta quinta-feira (26.05), para 32 estudantes do 1º e 2º anos do ensino médio do Colégio Estadual Kleber Pacheco Oliveira, durante a 7ª edição do Programa Casa Aberta.

Em sua explanação, o conselheiro lembrou da própria trajetória de vida. E contou ao público o caminho percorrido desde os primeiros estudos, na escola pública, até a conquista do primeiro emprego. Inaldo revelou ainda que foi morador da primeira invasão de Salvador, a comunidade do Corta Braço, que deu origem ao bairro da Liberdade. E lembrou de quando pegava sete ônibus num só dia para trabalhar e estudar. “Eu só tinha essa chance. Estudar, estudar e estudar. Estou nessa casa há 35 anos. Todos que se dedicaram conquistaram sucesso”. O conselheiro elogiou a ação e ressaltou que a missão do Casa Aberta se cumpre ao conscientizar e evidenciar quem são os verdadeiros agentes da mudança. “Que a tarde de hoje seja bastante rica. E que vocês saiam daqui sabendo da razão de ser do próprio TCE".

juuuuuEm seguida, o grupo assistiu à sessão plenária do TCE/BA no auditório Conselheiro Lafayette Pondé, onde receberam as boas-vindas do vice-presidente, conselheiro Antonio Honorato, que presidiu a sessão plenária em substituição ao presidente Marcus Presidio, e lembrou que a instituição leva o nome do saudoso conselheiro Kleber Pacheco de Oliveira, que ocupou o cargo de conselheiro no TCE entre maio de 1981 e fevereiro de 1982.

Acompanhados das professoras Giovana Berbert Marques de Castro Farjala, Sílvia Soares Veloso, Raimunda Maria de Jesus e da bibliotecária Sônia da Silva Gonçalves dos Santos, os estudantes conheceram um pouco mais sobre o Tribunal por meio das palestras ministradas pelo auditor de controle externo junto à Ouvidoria, Juvenal Alves Costa, do gerente de Serviços e Suporte aos Usuários, Luiz Fernando Pinheiro; do analista de suporte Alano dos Santos Castro Filho; do gerente de Auditoria da 5A, da 5ª CCE, José Germano dos Santos Júnior; e, por fim, da assessora do Ministério Público de Contas (MPC) Elisa Lopes Barreto.

germanoDEPOIMENTOS

“Desde pequeno escuto que o imposto pago não serve pra nada e era apenas uma obrigação do cidadão, e que terminava no bolso dos políticos do nosso país. A partir das aulas e da fala do conselheiro, percebi que não é bem assim. Percebi que existe uma fiscalização e que muitos desses impostos retornam para sociedade, seja na construção de escolas, hospitais e praças públicas. O que mais me agradou foi saber que existe transparência. Por isso convido todos os estudantes a conhecerem o TCE. É obrigação nossa cobrar dos gestores”.
Tarsis Mateus Macedo dos Santos, 16 anos, 2º ano do ensino médio.

“Eu tinha uma ideia de que pagar impostos não é nada agradável. E essa aula de campo foi responsável por mudar essa impressão que eu tinha. Hoje sei que o imposto que meus pais pagam é necessário para que a máquina pública funcione. Não é algo que é cobrado pelo governo e o cidadão sai no prejuízo. Pelo contrário, é algo que vai beneficiar todos nós brasileiros. Por isso eu peço que outros estudantes busquem esses conhecimentos e transmitam para mais pessoas”.
Vítor Alexandre de Santana, 17 anos, 2º ano do ensino médio.